Seco, sigo desalmado.
Meus papiros sem cor, meu livro sem autor, minha vida sem sabor.
Seco, sigo descuidado.
Meus amores passando e eu não os vendo: repasso,
Seco, sigo abandonado.
Sem coração, sem humildade, sem húmus, sem umidade.
Seco, sigo desumano.
E saber que a desumanidade é padrão, me seca mais a cada ano.
Seco, finjo não olhar pro lado, finjo não te ver, finjo secar.
Finjo ser quem?
E os olhos secos anunciam uma dureza que não são deles...
Mas que roubam a cena da minha seca face.
8 comentários:
seco? então como uma plantinha...vou te regar...bjs
No final das contas, somos todos um bando de secos. Não nos importamos com nada além do próprio nariz.
E o mundo segue cada vez mais desumano.
=\
de tanto fingir o que somos acabamos sendo o que não somos... orvalhe-se...
dia bom pra ti
"Meus papiros sem cor, meu livro sem autor, minha vida sem sabor."
Foi realmente agradável ler isso. Pode não ser pra você, mas, foi pra mim.
Adoro saber das mazelas humanas, do pior, do que ninguém gosta.
;*
as vezes as coisa perdem o sentido as vezes elas secam até mesmo sem sentir !
Bom os textos ;*
Tbm tenho umas fases bem "secas"... mas geralmente consigo superar...
Texto interesante, gostei.)
Obrigada pela visita.
=)
Adoro o modo como você escreve... Me vejo em cada estrofe, em cada verso, em cada sílaba.
Escritos lindos! Boa Semana!
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