sexta-feira, 31 de julho de 2009

Verbo Viver no infinitivo

E de que adianta tantas opiniões, conselhos, dicas

Se no fim, cada caminho te joga onde quer,

Ás vezes, me acho poderoso, ao dar uma opinião

Que, pra mim, fundamental, pode mudar uma vida

E no instante seguinte já não vale mais de nada

Somos convidados a escolher a cada instante

E mesmo escolhas já feitas, rotas traçadas, amarradas...

precisamos reafirmar constantemente, dia sim x dia sim

Ás vezes a vontade é de ficar quieto, intocável

Sentar, pegar minha pipoca e guaraná, ligar a TV

E vigiar esse bando de gente que tem feito tanta coisa

Certo que..., tanta coisa fútil, na maior parte do tempo,

Mas que exercem o verbo viver da forma que mais lhe convém.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Fingimento Embriagado

Sonhei que em um jardim quadrado fui questionado:

Aos gritos... milhares de vozes...:

"Esse num é você, você está fingindo."

E parei pra refletir por minutos em quem eu sou realmente.

Vai que eu sou diferente e o meu mais constante é que é o fingido.

Vai que só sei fingir, num sei deixar-me levar sem previamente calcular, rs

Vai pra longe pensamento neurótico.. rs

Fingir é tão relativo, porque em tantas vezes somos tanto que não cabe em uma personalidade só, rs

O que importa e o que diz quem realmente você é:

é o sabor final desse monte de bebida alcoólica misturada, rs

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ser ou não ser

Ser ou não ser

Talvez ser nem seja tão importante,

Seja o que seja..., mas seja sozinho

Se os outros carregarem seu ser consigo

Antes de roubar trejeitos, virtudes, defeitos

Mostrem um pouquinho do que você é neles

Crie os seus próprios, com sua cara estampada

Então você vai descobrir quem você é

Com uma ruga diferenciada, uma cor mais sua

Juntando os pedaços que encontra de si

E no exato momento que se sentir único...

Em cada esquina pelos seus visitada

Se abra, pois chegou a hora de espalhar você

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Trancas Internas

Existem dias que funcionam como longas pausas

Em que parece não evoluirmos nem em respiração

Nem em afirmação, negação, nem as dúvidas trabalham tem dias

As pernas não funcionam, os braços cansados paralisam

A cabeça tenta gritar, mas a boca não obedece...

Responde sarcástica que a greve é geral

Que neste dia nenhuma resposta será dada

Nenhuma janela ou porta se abrirá

Muito menos se trancará pra impedir passagem

Afinal, ninguém vai passar...

A tranca é interna...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Sentido

Sou um poço de conflitos em erupção.

A busca por novos caminhos

Sempre colide com minha pacífica estagnação

E me sinto tão incapaz em dias assim ...

Em que não vejo uma primavera se quer surgindo

Que a vontade é de arrancar, das sementes, flores a força,

Laçar e puxar um sol pra um dia mais comprido

Preciso mudar, crescer, evoluir nem que um milímetro por dia

Ou irei de encontro ao negativo sentido do tempo

E não quero sentidos absolutos, preciso sentir...

E sentir ao menos um novo sentido por dia...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Nossa (s) Vida (s)

Descobri que em boa parte dos meus dias sou dos outros

Horas e horas trabalhando, pensando, conversando...

Vivendo mais a vida alheia que sendo quem preciso ser

Engraçado que a gente se ilude tanto nesse papo de:

Eu tenho de ser eu mesmo, sem fingimentos, sem máscaras

E acabamos em tantas e tantas vezes descobrindo

Sobre o que somos quando vivemos a vida dos nossos

Quando partilhamos dos sentimentos, das idéias

E até mesmo dos sonhos e da vida alheia, rsrs

Esclarescendo então esse lance de propriedade vital

A vida é uma só, a minha, a sua... é tudo nosso.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A sabedoria da Fome (ou sábio de repente)

Acordei, ainda dormindo... lembrando de uma noite "mal-vinda"

Onde pesadelos confundiam os sonhos e teimavam em prender meus olhos

E eu numa platéia gigante assistia um repentista em seu pequeno banco

Sozinho, mal vestido, faminto, de olhos fundos, sem dente

em sua humilde cultura... infindável inteligência

Construindo com sua canção, poesia... repente

destruía as verdades "globais" rezando assim:

"Tenho uma fome estranha e voraz

Fome de um mundo novo.

Que iguale os distantes, da frente e de trás.

Fome que o "homi" num traz".

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Na valsa (O quão calmo conseguir)

Espelho, espelho meu, ou seu, ou de quem for:

Em tua grandeza e beleza se habilite a me explicar:

Se existe alguém, outrem, ou que "persona" seja

Que tenha conseguido a "admirável" proeza

Da habilitação para dirigir este louco locomotor?

Eu não, e sigo tranqüilo, seguindo a meu passo

Que se ás vezes acelera, em outras vai na valsa

Ou mais lento até, diria que o quão calmo conseguir

Vou atrás de quem se adianta, tentando no caminho

colher os destroços, das colisões dos cegos a frente

Sem muito sucesso, confesso, pois continuo sendo um

E ainda que imperfeito e errante como os da dianteira

Guardo meus sonhos e não vendo a preço algum...