quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sem vírgulas (Porém abusando das reticências)

A consciência humana é mais pura poesia...

Que traduz o resultado da pele... dos poros...

Traduz em roteiros... idéias

Converte em idéias... roteiros

Que diferencia o ser humano do que o rodeia...

Pensar... medir complexidades... pesar escolhas

Isso é a mágica de ser quem somos

E isso é presenteado a cada um de nós

Mais pobres... menos... mais altos... menos

A pobreza real é a de se deixar levar...

Num impor opinião que valha

Não dizer a vida e a seus caminhos

Nem que por vezes espaçadas

- EU ESTOU AQUI...

E a altura que mais importa é a abstrata

É a que nos faz grandes sem reservas...

sem mesmo que caibamos em... nós

é ser sem vírgulas... sem barreiras... sem limites

É SER... e ponto final.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Das leis e seus transgressores...

Desde pequeno impus algumas leis ao meu id...¹

(¹ aspecto da personalidade relacionado com as reações instintivas

(Como se ele aceitasse imposições... balela...)) voltando ...

A primeira era de que a imagem não seria a prioridade

Em detrimento a tudo que recebemos dos externos

Ainda que soubesse dos leigos filtros imputados em meus olhos

Também pensava que sonhos eram espasmos de realidade

Infusões de magia no meu "consciente burro"

Não enxergava que não é o sonho que precisa da realidade aos seus pés, e sim o contrário... A realidade precisa do sonho pra se manter altiva

Sempre achei que seria feliz só se me mantivesse de pé

Ainda que machucado, ainda que manco, maltratado...

Depois de velho descobri a grandeza de se ajoelhar

Pensava ainda que devia ter tudo planejado...

Traçar uma meta e percorrê-la... Desviando-me o mínimo

Descobri que nem os objetivos consigo traçar

O importante é manter os olhos na direção certa

Ainda que sonolentos...

Ainda que nus...

Ainda que fechados...

Incansavelmente eu continuo a infringir as leis...

Das quais eu mesmo fui o autor...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Escureço-me

Sinto-me na escuridão quando escuto o que não entendo

Pareço de olhos fechados quando vejo meus sonhos se esvaindo

Ponho-me em escuridão quando canso dessa beleza artificial

(a qual hoje é distribuída como em promoção a quem quiser)

Vejo-me na escuridão quando de olhos abertos vejo a cegueira moral

Quando acordado recebo pesadelos do tempo atual

Entrego-me a escuridão enquanto converso com o silêncio

Quando ele me embriaga de sentimentos...

Enquanto em meus espelhos humanos só enxergo o que for pele

Enfim descubro que só na escuridão... Enxergo quem eu sou.

Só de olhos fechados... Vejo o que ninguém vê.