O mesmo suor que me sustenta, me consome.
O mesmo amor que me alimenta, me dá fome.
O mesmo som que me atormenta, me exprime.
O mesmo embalo que me acalenta, me suprime.
A mesma farsa que me ostenta, me redime.
Quão penosa há de ser minha sina?
Vida terça, Vida seca, Vida prima.
O mesmo astro que me queima, me ilumina.
A mesma alma que me invade, me domina.
A mesma bela que me inspira, me deprime.
O mesmo ar que "me respira", me reprime.
O mesmo órgão que "me anima", me comprime.
Quão Penosa há de ser minha sina?
Vida terça, Vida seca, Vida prima.
7 comentários:
Diante deste post só uma palavra:
Uau!!!
Bom final de semana! XD
tem horas que eu fico besta com o que tu escreve rapaz.E a sina,cada um faz a sua! beijo =*
essas sinas de opostos
a vida de contrastes
o mesmo remédio que nos aviva pode ser o veneno fatal de nossa morte
é saber lidar com as doses
lindo escrito
como sempre
beijos
Adorei teu blog. Adoro o título, que também é título de uma música importante pra mim.
Obrigada pelas palavras. Deixo meu carinho pra você. E vou voltar. =)
Esses são os contrastes da vida... e mesmo assim muito nos atrai... ;)
Abraço
Nossa, que lindo! Adorei.
Não só pela musicalidade dos versos, mas o sentido (ou os sentidos todos) também é uma delícia!
Lucas,
As fases, as faces da vida cheia de contradições mas, é apenas aperitivo das escolhas.
Beijos
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